De acordo com os dados divulgados pelo Índice FipeZAP, o preço médio do m² continuou em queda pelo sexto mês consecutivo, recuando 0,12% entre julho e agosto. Esse resultado mostra uma queda acumulada de 0,5% no preço dos imóveis residências, em boa medida, por conta do recuo nos preços em cidades, como Fortaleza, Rio de Janeiro e Niterói.
Considerando-se que a inflação esperada IPCA/IBGE (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo/ Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) é de 0,44% para o mês de agosto e de 1,87%, no acumulado no ano, o Índice FipeZAP aponta queda real do preço de venda dos imóveis residenciais nos dois horizontes temporais.
Individualmente, 14 das 20 cidades pesquisadas mostraram um recuo no preço de venda entre junho e agosto. O destaque fica para para Distrito Federal (-0,58%), Rio de Janeiro (-0,53%) e Goiânia (-0,49%). Já entre as cidades monitoradas que registraram aumento nominal de preço médio no período, as maiores variações foram observadas em Florianópolis (+0,66%), Recife (+0,46%) e São Paulo (+0,18%).
Considerando os últimos 12 meses, a pesquisa manteve-se praticamente estável (-0,07%). Nesse horizonte de análise, 11 das 20 cidades pesquisadas apresentam recuo nominal no preço de venda, com destaque para Fortaleza (-3,24%), Rio de Janeiro (-2,94%) e Distrito Federal (-2,75%). Por outro lado, entre as cidades que registram alta no preço médio de venda, apenas em Belo Horizonte (+5,13%) e Florianópolis (+3,03%) as variações observadas superaram a inflação acumulada no período. Como resultado, o preço médio de venda de imóveis residenciais nas 20 cidades analisadas acumula queda real de 2,71% nos últimos 12 meses.
Em agosto, o valor médio de venda dos imóveis residenciais nas 20 cidades monitoradas foi de R$ 7.643/m². Rio de Janeiro se manteve como a cidade com o m² mais caro do país (R$ 9.975), seguida por São Paulo (R$ 8.696) e Distrito Federal (R$ 8.297). Já as cidades com menor valor médio por m² foram Contagem (R$ 3.530), Goiânia (R$ 4.098) e Vila Velha (R$ 4.642).
(Foto: Felipe do Vale)